Fundos sustentáveis no Brasil: vale a pena investir em 2025?
Os fundos sustentáveis crescem no Brasil, mas será que vale a pena investir em 2025? Veja vantagens, riscos e projeções do mercado ESG.
10/1/20254 min ler


Fundos sustentáveis no Brasil: vale a pena investir em 2025?
Nos últimos anos, o tema da sustentabilidade deixou de ser apenas uma preocupação ambiental e passou a influenciar diretamente os investimentos. O mercado brasileiro vive uma fase de expansão dos fundos sustentáveis, também conhecidos como fundos ESG (Environmental, Social and Governance).
Em 2025, a busca por investimentos que conciliam retorno financeiro e impacto positivo cresce, impulsionada pela agenda da COP30 e pelo aumento da conscientização dos investidores. Mas será que vale a pena investir nesses fundos agora?
Neste artigo, você vai entender o que são fundos sustentáveis, como funcionam, quais os riscos e oportunidades e se fazem sentido para a sua carteira de investimentos em 2025.
O que são fundos sustentáveis e como funcionam
Os fundos sustentáveis são veículos de investimento que aplicam recursos em empresas e ativos que seguem critérios ambientais, sociais e de governança (ESG).
Na prática, isso significa que o gestor seleciona ativos de acordo com parâmetros como:
Ambiental (E): impacto na natureza, uso de energia limpa, gestão de resíduos.
Social (S): respeito aos direitos trabalhistas, diversidade, inclusão e responsabilidade social.
Governança (G): transparência, combate à corrupção, boas práticas de gestão.
A ideia é direcionar recursos para empresas comprometidas com sustentabilidade, sem abrir mão da rentabilidade.
O crescimento dos fundos ESG no Brasil em 2025
O mercado brasileiro de fundos ESG ainda é pequeno comparado ao cenário global, mas vem registrando avanços consistentes.
De acordo com levantamento da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), o patrimônio líquido dos fundos sustentáveis cresceu 48% em 2024, impulsionado pelo interesse em investimentos com propósito.
Mesmo assim, sua participação no total de fundos ainda é tímida, representando menos de 2% da indústria brasileira.
Esse crescimento é estimulado por fatores como:
Maior conscientização dos investidores.
Pressão regulatória e agendas internacionais (ex.: COP30 em Belém, em 2025).
Demanda crescente de investidores institucionais e estrangeiros.
Vantagens de investir em fundos sustentáveis
Tendência global irreversível: no mundo todo, investidores priorizam empresas comprometidas com ESG. O Brasil tende a seguir essa rota.
Diversificação inteligente: muitos fundos ESG investem em setores inovadores, como energia limpa, biotecnologia e tecnologia verde.
Redução de riscos: empresas com boas práticas ESG tendem a enfrentar menos problemas jurídicos, ambientais e reputacionais.
Alinhamento de valores: você pode investir de acordo com suas crenças e contribuir para um futuro mais sustentável.
Acesso a oportunidades exclusivas: fundos ESG podem investir em empresas ou projetos que não estão no radar da maioria dos investidores.
Principais riscos e desafios no mercado ESG brasileiro
Apesar das vantagens, é importante destacar que ainda há desafios:
Baixa liquidez: como o volume é pequeno, pode ser mais difícil resgatar cotas rapidamente.
Greenwashing: algumas empresas podem adotar discursos sustentáveis apenas para atrair investidores, sem práticas reais.
Custos de gestão: fundos ESG tendem a ter taxas de administração mais elevadas que fundos tradicionais.
Performance variável: nem sempre os fundos ESG superam o mercado. Em alguns anos, podem render menos que fundos tradicionais.
Regulação em evolução: o Brasil ainda está construindo padrões claros de classificação ESG.
Como escolher um fundo sustentável confiável
Para selecionar bons fundos ESG, fique atento a:
Transparência: leia o regulamento do fundo e verifique quais critérios ESG são usados.
Gestora com credibilidade: prefira gestoras reconhecidas e com histórico em sustentabilidade.
Diversificação da carteira: fundos que concentram em poucos ativos podem ser mais arriscados.
Rentabilidade histórica: compare o desempenho com índices de referência, como o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE B3).
Taxas de administração: verifique se o custo compensa os resultados esperados.
Tendências futuras: regulação, demanda e COP30
O Brasil deve ser palco de importantes transformações no mercado ESG em 2025:
COP30 em Belém: a conferência internacional deve aumentar a visibilidade dos investimentos sustentáveis no país.
Pressão regulatória: órgãos financeiros devem exigir maior transparência na divulgação de informações ESG.
Demanda crescente: investidores institucionais devem ampliar a alocação em fundos sustentáveis, impulsionando seu crescimento.
Novos produtos: surgimento de ETFs e fundos temáticos ligados a sustentabilidade (energia limpa, carbono, economia circular).
Perguntas frequentes (FAQ)
Fundos sustentáveis são seguros?
São tão seguros quanto fundos tradicionais, mas dependem da qualidade da gestão e da diversificação da carteira.
A rentabilidade é menor que a de fundos convencionais?
Nem sempre. Em alguns períodos, fundos ESG rendem mais; em outros, menos. O importante é o horizonte de longo prazo.
Posso investir em fundos sustentáveis com pouco dinheiro?
Sim. Há fundos acessíveis a partir de R$ 100, dependendo da corretora e gestora.
Qual a diferença entre fundos ESG e fundos de impacto?
Fundos ESG investem em empresas com boas práticas. Fundos de impacto buscam gerar resultados sociais/ambientais mensuráveis, além de retorno financeiro.
Conclusão: vale a pena investir em fundos sustentáveis em 2025?
Os fundos sustentáveis representam uma tendência clara e irreversível no mercado financeiro. No Brasil, o crescimento ainda é tímido, mas as perspectivas são promissoras, especialmente com a COP30 no horizonte.
Vale a pena investir, desde que o investidor:
Tenha visão de longo prazo.
Analise bem os critérios ESG adotados pela gestora.
Use os fundos sustentáveis como parte da diversificação da carteira, não como único investimento.
Assim, é possível unir rentabilidade e impacto positivo, contribuindo para o futuro e fortalecendo seus investimentos em 2025.