DREX: o Real Digital — quando chega, como vai funcionar e o que muda para quem já investe

10/13/20253 min ler

DREX: o Real Digital — Quando Chega, Como Vai Funcionar e o Que Muda para Quem Já Investe

O sistema financeiro brasileiro está prestes a dar um dos passos mais importantes da sua história: o lançamento do DREX, o Real Digital.
Mas afinal, o que é o DREX, quando ele chega e como essa nova moeda digital vai impactar quem já investe em criptomoedas, fundos e ativos tradicionais?

Se você quer entender como o DREX vai mudar o futuro do dinheiro no Brasil, este artigo é para você.

🏦 O que é o DREX?

O DREX (Digital Real Experiment) é a versão digital da moeda brasileira, emitida e controlada pelo Banco Central (BCB).
Diferente das criptomoedas, o DREX não é descentralizado — ele é uma moeda oficial, totalmente lastreada no real físico.

O objetivo é modernizar o sistema financeiro, tornando as transações mais rápidas, seguras e baratas, além de abrir espaço para novos serviços financeiros digitais, como empréstimos automáticos, tokenização e contratos inteligentes.

💡 Em resumo: o DREX é o Real em formato digital, com o mesmo valor e a mesma confiança — só que muito mais tecnológico.

🗓️ Quando o DREX será lançado?

O Banco Central já está em fase avançada de testes com bancos e fintechs desde 2024.
De acordo com o cronograma mais recente, a previsão é que o lançamento oficial do DREX aconteça em meados de 2026, com a fase de testes públicos prevista para o início de 2025.

Durante essa fase, o BC está avaliando:

  • Segurança das transações;

  • Privacidade dos dados;

  • Integração com o sistema bancário atual (PIX, TED, DOC);

  • Usabilidade para o público final.

🕒 Ou seja: o DREX ainda não está disponível para o público, mas seu ecossistema já está sendo preparado pelas instituições financeiras.

🔐 Como o DREX vai funcionar na prática?

O DREX será operado por meio de carteiras digitais gerenciadas por bancos, fintechs e cooperativas de crédito autorizadas.

Cada DREX corresponderá a um real depositado em sua conta bancária.
Essas unidades digitais poderão ser usadas para:

  • Fazer transferências instantâneas;

  • Realizar pagamentos automáticos (sem intermediários);

  • Comprar ativos tokenizados (como imóveis, veículos e títulos);

  • Participar de contratos inteligentes diretamente pelo sistema financeiro.

Além disso, a tecnologia blockchain que sustenta o DREX (baseada em Hyperledger Besu) permitirá que as operações sejam auditáveis e seguras, sem comprometer a privacidade do usuário.

💹 O que muda para quem já investe?

Se você já investe em ações, fundos ou criptomoedas, o DREX trará novas oportunidades — e algumas transformações importantes.

1. Mais liquidez e rapidez

Com o DREX, liquidações financeiras que hoje demoram horas ou dias poderão ocorrer em segundos, inclusive em operações entre corretoras e bancos.

2. Tokenização de ativos

O DREX permitirá que ativos reais (imóveis, cotas de fundos, títulos, etc.) sejam transformados em tokens digitais.
Isso significa investimentos mais acessíveis e transações automatizadas, sem intermediários.

3. Menos taxas e burocracia

Pagamentos e transferências poderão ser feitos sem intermediários caros, reduzindo custos bancários e operacionais.

4. Integração com criptomoedas

Embora o DREX não seja uma cripto, ele facilitará a conversão entre moedas digitais e reais tokenizados, criando um ambiente mais fluido entre finanças tradicionais e descentralizadas.

⚠️ Quais são os riscos e desafios?

Como toda inovação, o DREX também traz pontos de atenção.
Entre os principais riscos estão:

  • Privacidade dos usuários: como o DREX será controlado pelo Banco Central, há preocupações sobre o rastreamento de transações.

  • Segurança cibernética: o sistema precisará de proteção robusta contra ataques digitais.

  • Adaptação das instituições: bancos e fintechs terão que atualizar suas plataformas rapidamente.

Por outro lado, a regulação e o controle centralizado reduzem o risco de fraudes e pirâmides, comuns no mercado de criptomoedas.

🚀 O futuro do dinheiro é digital

O DREX representa mais do que uma nova moeda — é a base para uma nova infraestrutura financeira no Brasil.
Com ele, o país se alinha a uma tendência global, seguindo o caminho de economias como China, Suécia e União Europeia, que também desenvolvem suas CBDCs (moedas digitais de bancos centrais).

Em poucos anos, você poderá pagar, investir e negociar ativos com um simples toque, sem precisar depender de intermediários — tudo com o respaldo do Banco Central.

🧭 Conclusão: o DREX é uma revolução silenciosa

O Real Digital não veio para competir com as criptomoedas — ele veio para conectar o sistema financeiro tradicional ao universo digital.
Quem entender essa transição primeiro, estará pronto para aproveitar as oportunidades do novo mercado financeiro digital.